quinta-feira, 26 de agosto de 2010

ILHOSES [Manoel Serrão]
















Feito corpo.
Feito alma.
Feito espírito.
Feito todos nós infestos de agruras abstêmias
Idem inglório epíteto insultos os.


Destapas d’alma a fenda ó bardo?
Azo a sós, dê-se em essência parida, opila,
Tece pelo bico da Parkinson odes diversas das que vos alinhava tecidas a ponto perfeito?


Não ranço?
Não o vil escárnio que escoado pelo o esfínque sai escarro:
A de não tê-las n’outras cartilhas o verbo a dor sido purgado para ser carne?
Vês?! Vês que dor se for [do que duvido!] não é verbo para sê-lo,
E se feito dor porque dor se faz nem sequer é carne.


Feito dor.
Feito verbo.
Feito carne.
Feito todos nós infestos de agruras abstêmias
Idem inglório epíteto insultos os.
É preciso tu, que o pensa ser, mais que tudo, útero,
Deus e o Nada sede mais que os nós dos ilhoses.


Ousa te dizer?
Ou é-me essência!
Ou de fenestra a Ambrosia dos mortais

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